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Opinião

Na ditadura fascista de Salazar e Caetano as comemorações do 31 de Janeiro foram sistematicamente reprimidas. Em 1970 foi tornado público pelo governo civil do Porto que “não seriam permitidas concentrações que pudessem prejudicar a vida normal nem o uso de cartazes ou dísticos”. E em 1973 a evocação no Porto também foi proibida.   Mas foi sempre comemorada. No Coliseu e na rua. Porque, como escreveu Basílio Teles “… enquanto no mundo houver um português que guarde na alma algum afecto à sua terra, será evocada a memória do 31 de Janeiro e dos homens distintos e humildes que nesse dia souberam dar aos seus compatriotas o exemplo do civismo e do desinteresse”. 

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Destaques

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Notícias

O Bloco de Esquerda elegeu, neste sábado, a Comissão Coordenadora Concelhia do Porto para o biénio 2023-2025.

A Lista A - "Porto: uma cidade para viver, tantas lutas para travar!" obteve 76,4% dos votos, elegendo 11 pessoas, a Lista E - "No Porto: luta por uma cidade democrática, participada e inclusiva" obteve 23,6%  dos votos, elegendo 4 pessoas.

Tendo em conta os eventos decorrentes das chuvas extremas na cidade do Porto, e subsequentes inundações, o Bloco de Esquerda expressa toda a solidariedade com as pessoas afetadas. Agradecemos ainda o trabalho dos bombeiros, equipas de limpeza, trabalhadores da Câmara, dos serviços de proteção civil e empresas municipais, bem como de todos os restantes envolvidos no socorro e reposição da normalidade.

Notícias

O povo da cidade e região do Porto está de parabéns, o Bolhão é do povo e regressou ao
povo.
Desde 2002 que o destino do Bolhão parecia estar traçado: Rui Rio votava-o ao abandono e assinava a sentença de privatização em 2008. A cidade disse não e mobilizou-se. Levantou-se pelo seu mercado de frescos contra um “acto de puro mercantilismo”. O Porto fez cordões humanos em sua defesa, sessões públicas, criou uma Plataforma de Intervenção Cívica e com ela uma petição com mais de 50.000 assinaturas que levou a ser discutida na Assembleia da República e propôs a sua classificação como Imóvel de Interesse Público. Este último processo culmina apenas já no primeiro mandato de Rui Moreira, que na campanha eleitoral propunha que a recuperação do mercado fosse feita com recurso a privados. A realidade da cidade impôs-se e ainda bem.

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