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Movimento Rui Moreira paralisa Assembleia de Freguesia do Centro Histórico

António Fonseca
António Fonseca, presidente do Centro Histórico

António Fonseca, presidente da Assembleia de Freguesia do Centro Histórico eleito pelo movimento de Rui Moreira, abandonou sem explicações a última reunião da Assembleia de Freguesia. O Partido Socialista, o Bloco de Esquerda e a CDU repudiam o acontecimento em comunicado conjunto. 

Os membros do Partido Socialista, do Bloco de Esquerda e da CDU – Coligação Democrática Unitária na Assembleia da União de Freguesias de Cedofeita, S.to Ildefonso, Sé, Miragaia, S. Nicolau e Vitória (Porto) vêm divulgar o seguinte:

No dia 30.10.2018,por iniciativa do executivo da Junta de Freguesia, foi convocada para uma sessão extraordinária a respetiva Assembleia de Freguesia.

Da ordem de trabalhos constavam apenas 2 pontos “sugestivos”, a saber:

  1. Eleição de vogal da Junta de Freguesia, mediante proposta do Presidente da Junta;
  2. Eleição do Presidente da Assembleia de Freguesia.

À convocatória da sessão não foi anexado nenhum documento justificativo de tão enigmática ordem de trabalhos, nem qualquer proposta concreta.

Aberta a sessão na presença da totalidade dos seus membros (19) e sem qualquer explicação, o presidente da Junta de Freguesia António Fonseca usou da palavra para declarar que retirava da discussão ambos os pontos em apreço, alegadamente por decisão unânime do seu executivo, abandonando a reunião logo de seguida!

O que motivou de imediato os protestos e as críticas de vários elementos da Assembleia de Freguesia oriundos de todas as forças políticas nela representadas (incluindo do próprio Movimento Rui Moreira, a que António Fonseca e o restante executivo da Junta de Freguesia pertencem).

Pressionado, Filipe Ribeiro, atual presidente da Assembleia de Freguesia etambém ele do Movimento Rui Moreira, não só declarou assumir pessoalmente a retirada do ponto 2. da ordem de trabalhos, como se comprometeu a divulgar proximamente o teor de duas cartas que terão estado na origem da convocatória desta Assembleia de Freguesia e que terão sido enviadas a propósito pela vogal do executivo Maria Isabel Meneres Campos, dirigente concelhia do CDS.

Já no período reservado à intervenção do público, a única vogal do executivo presente na sessão, Maria de Deus Carvalho declarou desconhecer completamente a decisão de esvaziamento da ordem de trabalhos da sessão, por nunca ter sido consultada sobre a mesma.

Perante tão espantosa ocorrência, os eleitos do Partido Socialista, do Bloco de Esquerda e da CDU – Coligação Democrática Unitária, para além de denunciarem publicamente e condenarem politicamente tão reprovável comportamento atentatório do relacionamento democrático que deveria existir entre a Junta e a Assembleia da união de freguesias do centro do Porto, questionam as verdadeiras origens para um tão grande desnorte evidenciado por António Fonseca enquanto presidente da Junta.

E exigem o esclarecimento cabal dessas mesmas origens, se necessário com a intervenção direta do Movimento Rui Moreira e do próprio CDS, afinal responsáveis últimos pela manutenção em funções de todo o executivo da Junta da união de freguesias. 

Porto, 31 de Outubro de 2018

Fernando Oliveira (PS), Carlos Sá (CDU), Mário Moutinho (Bloco de Esquerda)