No próximo dia 17 de maio, terça-feira, data em que se celebra nacionalmente e internacionalmente o dia contra a homo, trans e bifobia, duas juntas de freguesia do Porto hasteam oficialmente a bandeira arco-íris. No Bonfim a iniciativa está marcada para as 10h e em Campanhã para as 12h, nos respetivos edifícios das juntas de freguesia.
Esta é uma data da maior importância para a comunidade LGBTQIA + e que é celebrada um pouco em todo o mundo. Não obstante, existem ainda vários países que criminalizam pessoas homossexuais, pessoas trans são assassinadas numa base diária e cidades há que se recusam a evoluir na construção de políticas públicas e boas práticas reconhecidas para combater a discriminação de que esta comunidade é alvo.
No Porto, duas freguesias decidiram oficialmente, por proposta dos representantes Bloco de Esquerda nas Assembleias de Freguesia, aceder ao pedido dos movimentos da cidade que se dirigiram a todos os órgãos executivos do poder local na cidade - juntas de freguesia e Câmara - e irão hastear oficialmente a bandeira LGBT nos seus edifícios.
É um grande passo na cidade que tenhamos o poder local a começar a trilhar este caminho e o Bloco de Esquerda na cidade, e em todos os órgãos de representação em que se encontra, associa-se a estes atos que tomarão lugar na Junta de Freguesia do Bonfim às 10h e na Junta de Freguesia de Campanhã às 12h de dia 17 de maio.
Infelizmente e apesar de instadas, nem a Câmara Municipal do Porto nem as restantes juntas de freguesia deram ainda, ao que se sabe, este passo. A Câmara Municipal decidiu, aliás, expressamente não o fazer com os votos do Grupo Rui Moreira e do PSD que chumbaram uma proposta do Bloco de Esquerda que recomendava precisamente que a Câmara assinale oficialmente o dia através do hastear da bandeira LGBTQIA + nos paços do concelho. Esta proposta, assim como a da existência de um plano LGBTQIA + não foram aprovadas pela direita conservadora que dirige os destinos do Porto, cidade que na sua raiz é livre e celebra a diversidade, pouco representada nestas decisões.
O Bloco de Esquerda manter-se-á solidário com esta e outras propostas e promoverá, nestes dois meses de Orgulho, iniciativas na cidade que visibilizem esta luta e que, em articulação com os movimentos, permitam avanços de facto em políticas públicas que nos permitam aderir à Rede Internacional de Cidades Arco-Íris, que é mais que uma marca de branding. Comprometemo-nos com esse caminho.
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