Estivemos ontem na ilha da oliveira. Uma ilha com 7 casas, 3 ainda ocupadas, 2 desocupadas recentemente. Chegaram a viver aqui 15 pessoas no passado. A dona Isabel vive aqui há 40 anos e está protegida. Manter-se-á, mas é a única. A dona Maria Luísa, também aqui vive há 40 anos. Mudou-se recentemente da casa 2 para a 3 porque, apesar da insistência ao longo dos anos, o senhorio - a obra diocesana - nunca fez obras na sua casa. Em fevereiro deste ano a obra diocesana vendeu a ilha sem acautelar a proteção das pessoas que aqui viviam. A câmara não exerce o direito de preferência, mais uma vez, e a Domus Social exclui uma pessoa com rendimentos de menos de 500€ das suas listas de espera. O Porto tem uma política de habitação de exclusão, de não resposta e de aflição para estas pessoas. Esta ilha foi, e poderia continuar a ser, casa para muita gente. Passados tantos anos pergunto novamente: onde está o plano de reabilitação das ilhas e de proteção dos seus moradores?