Estivemos esta manhã com o eurodeputado José Gusmão e o oncologista João Dias na Praça Francisco Sá Carneiro, onde se situa um dos apenas dois medidores de qualidade do ar existentes na cidade do Porto. A rede de monitorização na cidade é diminuta e disfuncional, não mede alguns poluentes e avaria frequentemente. A taxa de eficácia deixa a desejar e a medição das PM 2,5 - em toda a região norte - não existe nos dados da Agência Europeia do Ambiente. Temos um grave problema de monitorização da qualidade do ar e para o qual a cidade do Porto não tem vindo a implementar medidas. Não implementa redes municipais de monitorização - como outras cidades fazem -, não tem medidas que limitem o uso do carro na cidade, não condiciona a impermeabilização do solo e aprova PIP’s de densificação e congestionamento brutal - por exemplo na zona da Boavista para o El Corte Inglés. Na redação do PDM não houve recolha de informação, ou consulta de, por exemplo, institutos da cidade que trabalham sobre a saúde pública e produzem conhecimento sobre estas questões. A cidade do porto pode ser saudável e responder às alterações climáticas, mas terá de mudar a política de mobilidade, construção e densificação. O Porto pode ser saudável e pode ter futuro, mas a política tem de ser outra.